Enris Qinami vai apresentar Músicas Sufi durante o 16º Encontro de Culturas do Mundo
O músico nasceu em Tirana e vive em Paris desde 2001. Formado em guitarra e professor de música, é também etnomusicólogo, apaixonado pelas tradições místicas e pelas artes do Islã. Pesquisador entusiasta, ele descobre partituras antigas para tocar músicas às vezes nunca tocadas antes no Ocidente.
Enris canta poesia de inspiração sufi em albanês, com influências mediterrânicas e da Ásia Central, acompanhado por um alaúde dedilhado albanês, o “Sharki”. Esta música com matizes persas, otomanas e árabes, há muito em desuso, fala tanto do amor como do sagrado, e já foi cantada nos bazares dos Balcãs.
O artista sufi albanês, chamado “ashik”, é o vetor das palavras sagradas. A música que ele canta chama-se “aheng”, palavra que designa tanto a música como o prazer através da música. É um elo entre o profano e o sagrado, os pássaros, as flores, o real e o imaginário.
A poesia sufi é cantada numa língua única que é o albanês, com empréstimos significativos de línguas vizinhas. A linguagem musical está enraizada nas escalas da tradição do Oriente Próximo, “makam”, que são estações da alma que expressam um amplo espectro de emoções e cores.
Recentemente, Enris Qinami desenvolveu uma gama de perfumes sem álcool e com materiais naturais, e mostrará este seu trabalho durante a “Oficina de Aromas”, no Encontro de Culturas do Mundo.